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Como funciona um programa de educação financeira nas escolas?

Postado em: 21/05/2025

programa de educação financeira nas escolas

Introdução

A inserção de um programa de educação financeira nas escolas representa um avanço significativo na formação integral dos estudantes. Quando implementado adequadamente, esse tipo de programa desperta nos jovens uma consciência crítica sobre o valor do dinheiro e as consequências de suas escolhas financeiras. 

Ele prepara os estudantes para tomarem decisões econômicas responsáveis, contribuindo para a formação de cidadãos financeiramente saudáveis. Além disso, existem metodologias adaptadas às diferentes faixas etárias e contextos socioeconômicos. 

Inclusive, o programa Jovens for Schools estimula o ensino complementar de três competências: Educação Financeira, Socioemocional e Empreendedora, de modo a tornar o aprendizado integrado e a estimular habilidades que serão válidas para os estudantes ao se depararem futuramente com o mercado de trabalho.

Metodologias ativas no ensino de educação financeira

A Aprendizagem Baseada em Projetos (ABP) constitui uma abordagem pedagógica pertinente para um programa de educação financeira nas escolas, pois permite aos estudantes desenvolverem habilidades práticas a partir de situações concretas. 

Nessa metodologia, o educador propõe desafios como a elaboração de orçamentos familiares ou a criação de um pequeno negócio, estimulando a autonomia discente e a aplicação de conceitos financeiros em contextos reais.

programa de educação financeira nas escolas metodologias ativas

Os estudos de caso e as simulações práticas apresentam-se como ferramentas importantes no processo de ensino-aprendizagem de educação financeira. 

Ao analisarem situações cotidianas de tomada de decisão financeira ou participarem de simulações de investimentos, os estudantes exercitam o pensamento crítico e desenvolvem competências para lidar com cenários econômicos diversos. 

De acordo com a literatura pedagógica, vivências práticas nesse tipo de atividade têm papel fundamental na consolidação do aprendizado em educação financeira.

Além disso, a gamificação e o uso de tecnologias digitais a partir do 6º ano têm transformado o ensino da educação financeira nas escolas brasileiras. Aplicativos, jogos e plataformas interativas que simulam operações financeiras aumentam o engajamento dos alunos e tornam o aprendizado mais significativo. 

Integração da educação financeira na Base Nacional Comum Curricular (BNCC)

A inclusão da educação financeira na BNCC representa um marco significativo para a formação integral dos estudantes. Esta integração ocorre de forma transversal, permeando diferentes componentes curriculares e etapas de ensino, com abordagens específicas para cada fase do desenvolvimento. Saiba mais nos próximos tópicos.

Competências relacionadas à educação financeira

programa de educação financeira nas escolas BNCC

A BNCC estabelece dez competências gerais para a educação básica, sendo que pelo menos três delas se relacionam diretamente com a implementação de um programa de educação financeira nas escolas. 

Inserida na BNCC, a competência 6 busca orientar os estudantes na construção de um projeto de vida coerente, no qual a educação financeira torna-se uma ferramenta indispensável.

Já a competência 7 (argumentação) proporciona aos alunos a capacidade de analisar criticamente informações financeiras, identificando dados relevantes para tomada de decisões econômicas conscientes. 

Em um programa de educação financeira nas escolas, esta competência se materializa quando os estudantes conseguem comparar taxas de juros, analisar condições de financiamento e avaliar impactos de decisões financeiras.

Por fim, a competência 10 (responsabilidade e cidadania) conecta-se à educação financeira ao promover ações baseadas em princípios éticos, democráticos e sustentáveis, incluindo o consumo consciente e a responsabilidade socioeconômica.

Aplicação nos componentes curriculares existentes

A implementação da educação financeira ocorre de forma interdisciplinar, distribuindo-se em diferentes componentes curriculares, sem constituir uma disciplina isolada. Em Matemática, a BNCC prevê habilidades específicas como cálculo de porcentagens, juros, descontos e análise de gráficos financeiros.

Na área de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas, principalmente em Geografia e História, abordam-se contextos econômicos, sistemas financeiros e evolução do dinheiro. Já em Linguagens, trabalha-se a interpretação de textos publicitários e a análise de estratégias de marketing.

Flexibilização para diferentes etapas de ensino

programa de educação financeira nas escolas flexibilização

Respeitando as diferentes fases do desenvolvimento infantil e juvenil, a BNCC organiza a educação financeira de maneira gradual e estruturada. Na educação infantil, introduzem-se noções básicas sobre necessidades e desejos, valor das coisas e trocas simples, sempre por meio de atividades lúdicas e situações concretas do cotidiano.

Nos anos iniciais do ensino fundamental (1º ao 5º ano), trabalha-se com conceitos elementares como economia e consumo responsável. As atividades pedagógicas baseiam-se em situações cotidianas como mesada, compras, trocas e brincadeiras de faz-de-conta envolvendo comércio.

Já nos anos finais do ensino fundamental (6º ao 9º ano), os conceitos tornam-se mais complexos, introduzindo-se cálculos de juros, análise de riscos financeiros e planejamentos de médio prazo. Os alunos são estimulados a realizar pequenos projetos de pesquisa sobre temas econômicos, sendo parte de um programa de educação financeira nas escolas.

No ensino médio, a abordagem se aprofunda com análises de sistemas financeiros, investimentos, empreendedorismo e planejamento financeiro de longo prazo, conectando-se a projetos escolares e de vida dos estudantes.

Envolvimento da família no programa de educação financeira nas escolas

A integração da família no programa de educação financeira nas escolas é essencial para consolidar as aprendizagens dos estudantes. Assim, a comunicação entre escola e pais deve ser constante e clara, utilizando canais como reuniões presenciais, boletins informativos e plataformas digitais. 

Dessa forma, os educadores podem proporcionar encontros periódicos para apresentar os conteúdos trabalhados e orientar as famílias sobre como dar continuidade ao processo educativo no ambiente doméstico.

Vale lembrar que as atividades financeiras para realizar em casa constituem uma estratégia eficaz para fortalecer a aprendizagem dos conceitos financeiros. Recomenda-se que os professores elaborem atividades práticas como orçamentos familiares simplificados, simulações de compras conscientes e jogos financeiros adaptados à realidade familiar. 

Estas práticas não apenas consolidam o conhecimento adquirido em sala de aula, mas também incentivam o diálogo sobre dinheiro entre os membros da família, promovendo uma cultura financeira saudável no próprio lar.

Conclusão: programa de educação financeira nas escolas

A implementação de um programa de educação financeira nas escolas representa um avanço significativo para a formação integral dos estudantes brasileiros. Tais iniciativas promovem o desenvolvimento de competências essenciais para a vida adulta, preparando os jovens para tomarem decisões financeiras saudáveis.

O processo de ensino-aprendizagem transcende a simples transmissão de conhecimentos sobre economia. Ele abrange a formação de valores, atitudes e comportamentos que influenciarão positivamente o relacionamento dos alunos com o dinheiro ao longo de suas vidas. Aproveite para seguir a Jovens for Schools no Instagram e fique por dentro de conteúdos como este.

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